“A vergonha corrói a parte de nós que acredita ser capaz de mudar.” – Brené Brown
Quando falamos sobre infertilidade, costumamos buscar respostas no corpo: exames, diagnósticos, hormônios. Mas existe uma camada mais sutil, e muitas vezes ignorada, que pode estar profundamente conectada a essa jornada: a vergonha.
A vergonha não é apenas uma emoção desconfortável. Ela é um peso silencioso, internalizado, que distorce sua percepção de valor pessoal, de merecimento e até de pertencimento. E, infelizmente, quando se trata de fertilidade, esse sentimento costuma vir acompanhado de cobranças internas, comparações e um senso de fracasso que trava o corpo e a alma.
Vergonha e fertilidade: uma conexão que poucos ousam olhar
Pesquisas recentes da psicossomática e da psicologia da reprodução revelam que estados emocionais profundos, como culpa e vergonha, podem afetar diretamente o sistema endócrino e reprodutivo. Segundo a especialista Alice Domar, do Domar Center for Mind/Body Health (Harvard Medical School), mulheres que vivem altos níveis de estresse e autocrítica apresentam menor taxa de sucesso em tratamentos de fertilidade. E um dos sentimentos mais recorrentes nos relatos dessas mulheres? A vergonha.
A vergonha diz: “você falhou como mulher.”
Ou: “você não merece ser mãe.”
Ou ainda: “há algo de errado com você.”
Esses pensamentos, alimentados por padrões culturais e sociais, criam crenças limitantes que impactam diretamente a forma como o corpo responde aos processos físicos e emocionais da concepção.
Vergonha não é timidez, e confundir os dois atrasa a cura
É comum achar que vergonha e timidez são a mesma coisa, mas não são. Timidez é a hesitação diante de interações sociais; um traço de personalidade muitas vezes passageiro. A vergonha, por outro lado, é a dor da crença de que somos fundamentalmente defeituosos. Ela atinge o núcleo da identidade e, na vivência da infertilidade, pode ser intensificada por perguntas invasivas, olhares alheios e cobranças internas.
A timidez gera desconforto.
A vergonha gera paralisia.
E, muitas vezes, essa paralisia emocional se reflete em bloqueios físicos sutis, mas reais.
Seu corpo ouve o que sua mente acredita
A biologia da emoção mostra que sentimentos não expressos se alojam no corpo. E quando falamos de fertilidade, estamos lidando com uma região profundamente simbólica: o útero, o ventre, o lugar do “criar”. Vergonha e autocobrança contínua podem gerar tensões crônicas, desequilíbrios hormonais e até bloqueios energéticos que interferem na receptividade e na fluidez da fertilidade natural ou assistida.
Por isso, é essencial entender: fertilidade não é apenas um processo físico, é também emocional, energético e simbólico.
Do silêncio à expressão: um caminho de libertação
Superar a vergonha é mais do que um processo de aceitação. É um retorno ao valor incondicional de existir. Algumas práticas podem ajudar:
- Falar sobre sua dor em espaços seguros.
- Olhar com compaixão para seu corpo e sua história.
- Acolher o tempo do seu processo, sem comparações.
- Romper com a ideia de que você é “menos” por ainda não ter vivido a maternidade.
“Você não está quebrada. Está em um caminho profundo de reconexão com você mesma.”
No programa Fertiliza, você pode iniciar esse caminho de volta para si
O Fertiliza nasceu exatamente para apoiar mulheres que sentem que seu corpo está falando algo além dos exames. Aqui, entendemos que fertilidade é também sobre emoções, memórias, ancestralidade e energia.
Em nossos encontros, abrimos espaço para transformar a vergonha em autoacolhimento, resgatar o sentimento de merecimento e devolver ao corpo sua confiança natural de criar e gerar.
Você merece se sentir inteira, confiante e em paz com seu processo. E não precisa caminhar sozinha.
Se esse texto tocou algo em você, talvez seja o momento de dar o próximo passo.
Venha conhecer o Fertiliza e permita-se ser acompanhada nessa jornada de cura e reconexão com sua essência fértil, que vai muito além do físico.